O desenvolvimento humano, efeito da intervenção educacional, depende da capacidade de educadoras e educadores apresentarem ferramentas diversas que integram a teoria assimilada à prática resultante.
A Educação é decisão, experiência, transformações, autonomia, liberdade, identidade e humanidade, irrestrita no entendimento de que a resposta não é sobre a educação, é sobre ela e sobre nós, porque é por meio dela que nos vemos e vemos o outro, que nós nos amadurecemos.
A partir da minha experiência em plataforma digital de WebTV, em que eu apresentava o programa Prosa & Poesia, no Mato Grosso News, eu pude me inspirar a ter como objetivo de pesquisa de dissertação o papel das plataformas digitais como ferramenta educacional na escola pública.
Sob a perspectiva de que as relações dialógicas pensadas por Bakhtin transcendem os espaços confinados das instituições educacionais, inclusive as limitações temporais, a utilização das atuais e cada vez mais acessíveis ferramentas de mídias digitais são promissoras no que tange a preservação histórico-cultural, registro do saber literário e o exercício da exposição para acessibilidade, difusão e elemento motivador do aprofundamento à pesquisa.
As crianças são “potencialmente teóricas”, diria Bell Hooks – a negra insurgente – quando questionadas e provocadas. Esses saberes oriundos de uma pedagogia progressiva, efeito de um diálogo lúcido, quando sistematizados, são ricos elementos integradores de conhecimento. Dessa forma, essas vozes podem ser captadas independentemente do tempo, incorporadas ao meio e servindo de subsídio para a análise da vivência educacional e cultural, não só pelo prisma do educador como também do estudante e a sua comunidade que se relaciona com o material divulgado.
A apresentação de trabalho sempre foi um recurso pedagógico para o desenvolvimento das habilidades do estudante, na representação, o seu lugar de fala, respeitando seus saberes intrínsecos, aglutinados aos novos saberes e à oportunidade da exposição mais ampla para avaliação do conhecimento e a sua partilha.
Quando se faz o exercício de expor o que foi lido, estudado, que já é entendido como efetivo recurso de sala de aula, a percepção sensorial é aumentada e também a responsabilidade informacional. Cogita-se que a dimensão ganhe status maior na proposta em que a interação seja feita com o registro e a exposição, por exemplo, numa programação de WebTV, como eu proponho na análise dissertativa.
*George Ribeiro é rondonopolitano, professor da rede pública de ensino, mestrando em Educação PPGEdu | UFR, membro da Academia Rondonopolitana de Letras – ARL, cadeira nº 9. Redes Sociais: @georgeribeiroo.
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